“Tenho mais de 2 milhões de seguidores no Google+. Há um número de outras pessoas que estão à minha frente. E isso é engajamento real. Eu estou muito contente com o crescimento do Google+. Isso não significa que amanhã será maior do que qualquer outra rede social. Isso não é realista. Mas está crescendo mais rápido, eu acho, do que outros serviços e estou muito feliz com isso”.
Com o surgimento de projetos que estão bem longe de seu núcleo principal, a busca, Larry Page comentou que o Google sempre procurou fazer a tecnologia funcionar de modo que ela possa realmente ajudar as pessoas, algo que a empresa pretende avançar em seus investimentos e explorar novas possibilidades.
“O que significa ser uma empresa de pesquisa? Mesmo naquele tempo, e agora, basicamente, a nossa alma é a mesma. Acho que estamos prestes a usar a tecnologia em larga escala: avanços tecnológicos para ajudar as pessoas, para tornar a vida das pessoas melhor, para fazer comunidades melhores. Obviamente, nossa missão era organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil, e eu acho que nós provavelmente perdemos mais da parte das pessoas que do que deveríamos”, disse Page.
Com relação a aquisição da Motorola, Page se mostrou animado com as possibilidades e com o futuro da empresa. No âmbito das tão discutidas patentes, o co-fundador disse que o Google agora possui um bom número de registros mas não há qualquer intenção de sair processando os concorrentes.
“A tendência geral da indústria parece estar em direção de um caminho litigioso e que sempre acaba sendo uma coisa triste. Há um monte de dinheiro indo para os advogados em vez de construir grandes produtos para os usuários. Eu acho que as empresas costumam entrar neste processo quando estes estão no final do seu ciclo de vida ou eles não têm confiança nas suas capacidades para competir naturalmente”.
Ainda falando dos dispositivos móveis, Page declarou ser uma verdadeira criança ao receber um gadget novo. “Toda vez que recebo um novo, sou como uma criança no Natal. É uma sensação de ‘usar pela primeira vez’ a internet ou um computador que você obtém desses novos telefones".
O executivo do Google afirmou ser um usuário atual da Galaxy Tab, da Samsung, mas que por muito tempo usou o Xoom, da Motorola. “Eu acho que eles oferecem grandes experiências e vão ficar muito melhor, ainda estamos nos estágios iniciais”. Questionado sobre o Tablet do Google, ele se recusou a comentar sobre os recentes rumores.
Com relação a questão sobre inovação, Page declarou não ter uma preocupação de que o Google, as vezes, pareça ter tirado ideias de outro lugar. “Eu não estou preocupado em não estarmos sendo suficientemente ambiciosos quando estamos fazendo coisas que são realmente importantes para as pessoas e diferente para o mundo”.
Com relação ao Facebook, Page disse ter algumas frustações por não poder ter acesso aos dados da maior rede social do mundo. Ele lembra que o Facebook chegou a importar milhares de endereços do Gmail e nunca ofereceu qualquer reciprocidade.
“Nós gostaríamos de ter um melhor acesso aos dados. Achamos frustrante que nós não conseguimos. É a tendência da Internet mover-se em um estado bem guardado. Nós tentamos, por exemplo, ter uma reciprocidade. Quer dizer, os nossos amigos do Facebook importaram muitos e muitos endereços do Gmail e exportaram zero endereços. E eles afirmam que os usuários não possuem esses dados, que é uma afirmação totalmente ilusória. É completamente irracional”, contou.
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Com relação a Steve Jobs, ex-CEO da Apple, que morreu em 2011, Page afirmou ter tido boas relações, sendo até mesmo chamado para uma reunião alguns meses antes de sua morte. O tão questionado debate sobre o Android, cujo o executivo da Apple queria destruir a qualquer custo, teria sido apenas “marketing”, nas palavras do chefe do Google.
“Ele me mandou um e-mail e disse: ‘Ei, você quer se reunir e conversar’. Eu disse: ‘Claro, eu vou sim.’ E nós tivemos uma conversa muito agradável. Nós sempre fizemos isso quando tínhamos uma discussão geral”, lembrou Larry Page.
“Ele estava muito doente. Tomei isso como uma honra que ele queria passar algum tempo comigo. Eu imaginei que ele queria passar mais tempo com sua família nesse momento. Ele tinha um monte de ideias interessantes sobre como administrar uma empresa e foi algo que discutimos”.
“Eu acho que as diferenças com o Android eram realmente para exibição. Acho que serviam a seus interesses. Para muitas empresas, é útil que elas expressem um óbvio que têm por um concorrente e reunir fatos em torno disso. Eu pessoalmente acredito que é melhor lutar por algo maior. Você não quer que as pessoas olhem para seus concorrentes. Você quer estar a altura do olhar para o que é possível e tentar fazer o mundo melhor.”, finalizou.
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