Marketing digital: como transformar necessidade em oportunidade



De acordo com um estudo feito em 2010 com o nome “Decodificando as Necessidades Digitais” realizado pela TNS Research International, 92% dos usuários de internet pesquisam sobre produtos ou serviços em sites de e-commerce ou comparam preços na internet.
Outro fator que influencia bastante é o boca a boca digital. Depois de efetuada a compra, se alguma coisa deixa a desejar, seja pela demora na entrega, algo relacionado à qualidade do produto ou qualquer outro fator, os consumidores “botam a boca no mundo”.
Segundo a mesma pesquisa, 76% dos entrevistados pesquisam em fóruns ou blogs, 50% deles já chegaram a mudar de fornecedor ou marca ao encontrarem uma opinião negativa, e 28% fecharam a negociação baseados no relato de outros consumidores.

Isto demonstra que o consumidor está muito mais “antenado” no que diz a Web, outros compradores, sobre o que desejam.
Uma outra pesquisa (Perfil de Usuários de Mídia Social no Brasil) realizada pela eCMetrics, mostra que 22% dos usuários de sites como Twitter e Facebook apenas criticam ou coletam (reproduzem) conteúdo, enquanto 36% observam, participam ou cultivam contatos e outros 26% aparecem como fortes consumidores online e “brand engagers” (que consome ou cria mídia social relacionada a marcas, produtos e serviços).
Nota-se que, em tese, os consumidores utilizam o Twitter como canal de comunicação para reclamação. A mídia social é utilizada para reclamar de prazos ou defeitos e quase sempre dá retorno.
A pesquisa da TNS, que entrevistou mil usuários de internet, com 16 a 35 anos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador, aponta ainda que a maioria dos entrevistados (99%) utiliza prioritariamente a rede para enviar e receber e-mails.
Checar suas contas nas redes sociais é a segunda principal atividade (93%), seguida por participar de chats online/mensagens instantâneas (92%), fazer uploads de fotos ou vídeos ou escrever mensagens para suas redes sociais (90%) ou para o Twitter (44%).
O motivo que faz os internautas utilizarem as redes sociais são acesso e compartilhamento de informações (43%), uso de espaço pessoal (32%) grupos de amigos (24%), mostrar diversas facetas da personalidade (22%) ou, ainda fugir da pressão diária e ter liberdade de expressão (21%).
Se observarmos esses dados é possível concluir que basicamente o que se busca são informações. É nesse cenário que se pode obter uma diferenciação da marca. Vejamos…
A TNS mostra que a internet é um espaço cada vez mais estratégico na ampliação e divulgação de empresas ou marcas e, ao mesmo tempo, constata que muitas empresas não sabem e se sentem “perdidas” sobre como atuar junto aos consumidores nesse meio.
Por mais que 90% dos internautas brasileiros estejam presentes em algum tipo de rede social, apenas 16% deles produz algum tipo de conteúdo por meio das ferramentas.
Percebe-se também que a pesquisa da eCMetrics revelou um internauta mais maduro quando o assunto é compra. Dos entrevistados, 81% costumam comparar preços na internet antes de adquirir algum produto ou serviço. E 62% dos internautas brasileiros classificados como consumidores online possuem algum perfil em rede social.
“O estudo demonstrou que o internauta brasileiro já está inserido na era web 2.0 e tem na internet um instrumento de busca por novidades, entretenimento, informação e interação com empresas”, afirma a eCMetris. O consumidor brasileiro online está disposto a dialogar com as empresas e quer ser ouvido e participativo nas decisões que competem aos produtos e serviços que utiliza, através de redes sociais e outras formas de atendimento online.

O Que o cliente ganha seguindo a empresa nas redes sociais?

Será que os consumidores realmente vão seguir sua empresa no Twitter somente para receber propagandas? Existem usuários que sim, seguem as empresas para saber das novidades promoções etc. No entanto, este espaço pode e deve ser utilizado com outros objetivos, como, por exemplo, agregar valor à sua empresa é um deles e este é o ponto crucial do marketing digital. É necessário, para isto, um planejamento tático e um estratégico.

Marketing digital e Planejamento Tático

Tática se refere a agir pontualmente em algo. Exemplo: produzir conteúdo relevante sobre um determinado assunto. Essa tática deve estar aliada ao planejamento estratégico.
Imagine sua empresa/marca como fonte de conteúdo e informação para os seus clientes? Com certeza a relevância para os seus consumidores será bem maior. Afinal, sua empresa está oferecendo algo útil para o seu público.

Marketing Digital e Planejamento Estratégico

Em quais redes sociais sua empresa deve estar presente para atingir os objetivos? Essa definição só pode ser obtida através da identificação sobre o que seu público-alvo pesquisa sobre produtos e serviços quando busca por eles na internet.
É identificar as informações relevantes e torna-las disponíveis gratuitamente para que seu público possa se informar.
É permitir que seu público-alvo possa, inclusive, interagir com a sua empresa, tirando dúvidas e sugerindo até mesmo modificações no produto ou serviço.
Note-se que a tarefa não é das mais fáceis. Na teoria é fácil dizer o que se deve fazer, mas a implementação depende de alguns fatores. Vejamos.

Posicionamento de Sites nos Sistemas de Busca

Um dos pilares do marketing digital é estar bem posicionado nas buscas. Não basta apenas ter o site bem posicionado quando se busca um produto, é preciso que a informação buscada também seja de fácil acesso. Nesse ponto entra o processo de otimização de posicionamento nos sistemas de busca, ou simplesmente otimização do site.
Produção de Conteúdo
Para que o público-alvo possa se decidir pela compra de determinado produto ou serviço, é necessário que ele tenha informações compatíveis com aquilo que busca, informações que possam comparar os produtos e serviços. Tais informações vão determinar todo o processo de decisão de compra.
Imagine que se um potencial comprador estiver procurando um computador, imaginemos o peso decisório de sites especializados em testes de hardware. O caminho é mais ou menos esse: o de fornecer informação relevante para que a pessoa possa se decidir baseando-se em informação e que esta possa influenciar na comparação e decisão pela compra.
Todo mundo, em algum momento, já procurou um novo computador para comprar. Neste momento, a única coisa que o consumidor médio procura, é efetuar a melhor compra, ou seja, aquela que atende plenamente seu objetivo de uso daquela máquina, com o preço justo a ser pago por ele.
Ora, a última experiência que se deseja nesse momento, é se enganar ou ser enganado com a compra. Através de um bom site baseado em informações, é possível fazer com que o próprio cliente possa decidir qual a melhor opção baseado em suas necessidades.
O papel do marketing digital, neste momento, não é exatamente influenciar na decisão de compra, e sim, fornecer informações relevantes para que a própria pessoa, que esteja buscando por aquele produto ou serviço, se decida por adquirir o produto ou serviço da sua empresa.
Imagine também que essa estratégia campeã destrói a publicidade invasiva, do tipo e-mail marketing, já que a proposta é exatamente o contrário de uma simples panfletagem via e-mail: é construir um relacionamento baseado em informações úteis que possam influenciar um momento decisivo, que é a escolha por um produto ou serviço.
Se o consumidor se sentir à vontade para receber e-mail da empresa, é porque ele solicitou que lhe fossem enviados e-mails com informações úteis que se referem especificamente àquela decisão de compra, até porque ninguém gosta de receber e-mail de novidades da informática depois de encontrar o que estava procurando.
Construir relacionamentos não é das tarefas mais fáceis, por esse motivo não de pode arriscar o que seria um canal de comunicação de excelência com o potencial público-alvo, com o envio de uma mensagem de cunho unicamente comercial, sem que este produza o efeito desejado, que é a compra de um produto ou serviço, até porque, 91% das pessoas acabam clicando em se descadastrar de listas opt-in exatamente porque as informações não lhes são úteis.
Eventualmente há quem deseja receber frequentemente e-mail com novidades, mas isto também deve ser identificado no momento em que o potencial comprador se identificar no site e pedir para receber tais notificações. Esta é a única estratégia possível que se aplica a e-mail e compra de produtos online.

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